À guisa de desculpas
A italiana que mora aqui
anda falando pelos cantos:
"Nunca mais,
uma maldita linha"
E eu não sei se
exclama, essa italiana
se cutuca, provoca,
ironiza ou interroga.
Até que uma das outras
que, como ela,
me habitam,
arranje coragem
para contestá-la,
entrego-lhes a Palavra,
que silencia.
Ou então
realiza-se,
a sua profecia.
Falta*
Não sou predizível
linear
cotidiana
comezinha.
Sou o que ainda
faz falta.
A dor
que não cessa.
O riso
na hora inexata.
A lembrança tardia
descoberta
na gaveta errada.
* reproduzo aqui o que alguns já conhecem: nem tudo são silêncios de espinho sangrante. Este poema ganhou o primeiro lugar no 3º CONCURSO NACIONAL FERNANDO ALBINO DA ROSA ASES-RS (Associação Santa-rosense de Escritores). Comemoro com vocês, de olhos e coração atentos.
11 comentários:
cecília, tenho três palavras a te dizer: ÑÃO, PARABÉNS e OBRIGADO. Explico-me: NÃO à profecia; PARABÉNS pelo prêmio; OBRIGADO por voltar. 1 beijo
Bem vinda a vida!
Oi!
Gostei muito dos poemas.
Beijos do *CC*
Legal! Me avisa quando e como entrar nessa parada de concurso, OK amiga? Quem sabe assim o Nobel chega mais cedo???
Beijo da Dal.
que lindo poema
gaveta tardia com lembranças erradas
e o contrário
são sempre poemas
embora tristes, poemas
um grande beijo.
cecília, querida, que bons ventos a trouxeram de volta !!estou feliz com seu retorno. sua literatura nos faz falta, creia. estou feliz também com o prêmio que ganhou.(ainda bem que a profecia não se cumpriu). beijos.
ALELUIA!
Eu já andava um pouco sem graça de tanto vir aqui e encontrar o mesmo de muitos dias... Que bom que estás de volta, quem quer que seja entre as muitas que és! Abraço!
Olha, merecidíssimo este prêmio, se não fosse seria injustiça.
Belo, como sempre.
Beijos.
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Ela é muito mais bela pessoalmente..."saudade" realmente é linda.Parabéns
Parabéns, linda
e que muito prêmios venham. Vc merece.
bjs
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