segunda-feira, julho 17, 2006
Voltas
(Foto: Marco Ricca)
Porque os mares
circundam tudo
bastam
e sete deles não
afastam
senão confluem
Porque a noite vira
dia
e o mundo
é redondo
e o amor
é redondo
e porque não desistes
de voltar
e voltas
e voltas
e voltas serão
n e c e s s á r i a s
antes que as profecias
se cumpram
mas o reencontro
é certo
porque é de círculos
feito o crescimento
e não de pontas
e é de sempres
a eternidade
jamais de nuncas
mais
quero a rosa
branca
entre rosas
a que vem depois
da décima
terceira rosa
a rosa
a roda
a roda-do-tempo
para sempre
para sempre tua.
Amém.
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15 comentários:
A foto e o poema se completam, o círculo da vida é para todos que o semeam....
Bjs
Re
As dobras da rosa, as dobras das ondas dos oceanos, que se repetem ad infinitum, sem nunca jamais se cansarem. Assim é o amor, sempre novo, sempre velho.
Oi!
Muito bom!
Beijos do *CC*
que lindo! de certa forma, encontrei aqui, no que vc escreveu, imagens por mim escritasn lá no eu,espantalho.
bjos.
Minha cara, sempre é bom ler coisas boas e belas. São imagens e mais palavras que nos ajudam a espantar o ruim dessa vida.
hábeijos
cecília, voltas e voltas que vem e que vão, eis que por aqui eu volto. e não há profecia que, cumprida ou não, me faça arrepender. a única profecia que vejo cumprida aqui atende pelo nome de: ótima literatura. 1 beijo
Cecilita, como eu disse pra Dal, tu também é um portento!
ô Cecília... que coisa linda...
fico meio sem palavras para comentar... preciso ler e reler... a poesia demora um pouco para entrar em mim e quando entra, muda como um caleidoscópio, cada vez que espio...
beijos, querida escritora.
O mundo, minha Lia, está cheio de arestas.
Beijo
Cecilia, belo e intenso. Não sei bem o que dizer tamanho o impacto, mas maravilhoso é um começo. Beijo.
Saio da concha me enrodilhando nas palavras tuas. Obrigada.bjs
A roda do tempo não pára nem o amor pode estagnar.
Belezas infinitas, em suas palavras.
Beijos, amiga poeta.
Muito bonito este poema, tão ritmado, tão bom de gritar por aí.
beijo
rubens
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esse poema nos arrasta (como o mar?) no seu ritmo, na suas confissões,
é muito lindo.
bjs, do teu azzuma
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