Quatro de novembro, dia de meu pai. Hoje - vencedor das imensidades poderosas - completa 80 anos. Sou toda sentimentos, pai, e não sei dizer sem molhar os olhos, as coisas grandiosas que merecerias que te dissesse. E não sei abraçar forte e lenta, do jeito que deveria, e sou tão bobamente frágil que nem ouso te ligar, porque a voz ia ficar esganiçada e eu ia ter de simular uma tosse e desligar antes de dizer o que o meu coração queria... Por isso, hoje só te mandei mensagem no celular, e te imaginei chorando quando leu, como eu, quando escrevi. Somos igualmente bobos e sensíveis, e essa é a melhor inscrição igual do nosso DNA. Por isso também vou te abraçar amanhã meio com pressa, e tu vais sair de lado e mudar de assunto, e vais perguntar algo trivial. Mas ambos saberemos. Um beijo, meu pai. Só isso.
(Texto: Cecilia Cassal - A imagem? presente dele, um dia)
8 comentários:
Uau!
Baita texto.
Lindo!
Beijos.
Ai, ai, minha irmã.
Também tenho este probleminha de vazamento (as vezes até fico desidratada) que carregamos no DNA.
Simplesmente LINDO.
Escrever assim só quem tem a alma refinada, como tu.
Beijo grande no teu coração.
Sim, ele sabe.
olá, veja nossa capa no blog.
abraço.
Minha querida amiga, que maravilha! Que privilégio!
Sobre a encomenda, estou contente que tenha chegado! Peço desculpa pela demora! Sobre a outra, aguardo.
Grande abraço!
sensível, Cecília. já o aniversário do meu pai foi ontem, 20 de novembro.
Manda um beijo pra ele!!
Rê
Lindo, lindo.
Essa foto é o orgulho dele, me mostrou outro dia.
Sds de ti.
Paula
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