"cuando todos escriben la palabra sabida
quisiera no saber la mía
escribir como quien habla por señas”
(Mario Benedetti, Preguntas al azar)
sexta-feira, março 20, 2009
Rio dos Ameandros
“- Eu nunca fui tão silêncio (...) Dobrar-se de dor e não poder gemer. Eu nunca morri com tanta eficácia. Depois da treva, há mais treva, mais treva, mais treva...” (Helga, personagem do Rio dos Ameandros)
(Texto: CeciLia Cassal)
9 comentários:
Anônimo
disse...
CeciLia, poeta, ficcionista, admirável leitora da vida:
paralisa-nos um texto desses. É como um espelho. Olho-o, reconheço tudo, e, ao mesmo tempo (está escuro demais!), não enxergo. Mas sei que aquela ausência sou eu. E ela é mais forte (porque dói mais) que minha presença longe da treva. Incrível a capacidade que têm os teus textos de nos exporem. Tu és leitora do mundo. Ele, teu livro aberto tentando, inutilmente, fechar-se.
Mereces, iluminada até para enxergar na treva os interstícios, ficar longe dessa região sombria que muitas vezes artistas e pessoas de verdade como tu habitam.
que texto forte, nossa. Que texto intenso e vertiginoso, mesmo em sua brevidade. Quem viveu de verdade – expondo-se – sabe que a treva é tão inesquecível quanto a luz. Tomara que esta a que aludes torne-se bíblica, isto é, no princípio, a Terra informe e vazia... Não, não! A palavra dá forma às coisas, a tudo – é o próprio Gênesis revisitado. E não há treva que se sustente diante do desenho verbal capaz de milagres literários como os teus. Obrigado por mais essa iluminação, escritora rara.
Bem lembrado pelo Adilson, que, pelo jeito, é leitor atento. Sim, Clarice e sua familiaridade com o abismo. O que permite – ainda bem! – o grande salto por cima dele. Teus outros "posts" revelam que você é capaz de dá-lo.
aff, me tirou a respiração;Please,o que é isso?? Que texto MARAVILHOSOOOOOOOOOO!! De uma brevidade doída, estou aqui a me contorcer de encantamento;) saudade grande, *vamos nos ver quando??? bjão!!
9 comentários:
CeciLia, poeta, ficcionista, admirável leitora da vida:
paralisa-nos um texto desses. É como um espelho. Olho-o, reconheço tudo, e, ao mesmo tempo (está escuro demais!), não enxergo. Mas sei que aquela ausência sou eu. E ela é mais forte (porque dói mais) que minha presença longe da treva. Incrível a capacidade que têm os teus textos de nos exporem. Tu és leitora do mundo. Ele, teu livro aberto tentando, inutilmente, fechar-se.
Mereces, iluminada até para enxergar na treva os interstícios, ficar longe dessa região sombria que muitas vezes artistas e pessoas de verdade como tu habitam.
Rezo por isso.
Grande beijo de quem sempre te lê.
Prezada Cecilia:
que texto forte, nossa. Que texto intenso e vertiginoso, mesmo em sua brevidade. Quem viveu de verdade – expondo-se – sabe que a treva é tão inesquecível quanto a luz. Tomara que esta a que aludes torne-se bíblica, isto é, no princípio, a Terra informe e vazia... Não, não! A palavra dá forma às coisas, a tudo – é o próprio Gênesis revisitado. E não há treva que se sustente diante do desenho verbal capaz de milagres literários como os teus. Obrigado por mais essa iluminação, escritora rara.
Abraços.
Anthero Luz – Santana do Livramento, RS
Puxa, isto é que é buraco escuro!
Texto forte demais.
Nossa! E qualquer semelhança com Clarice Lispector é mera coincidência! he he he...
Bem lembrado pelo Adilson, que, pelo jeito, é leitor atento. Sim, Clarice e sua familiaridade com o abismo. O que permite – ainda bem! – o grande salto por cima dele. Teus outros "posts" revelam que você é capaz de dá-lo.
O abraço do seu leitor,
Hélio de Rezende Almeida (Brasília, DF)
Querida Cecilia: não sabia deste teu dom, fiquei surpresa e maravilhada, parabéns, beijos e sucesso.
Bianca Milano Faraco
Minha querida amiga,
aff, me tirou a respiração;Please,o que é isso?? Que texto MARAVILHOSOOOOOOOOOO!! De uma brevidade doída, estou aqui a me contorcer de encantamento;)
saudade grande,
*vamos nos ver quando???
bjão!!
Rio dos Ameandros...
CeciLia:
sou teu leitor, leitor deste blog sumarento e vertiginoso. Sinto falta de mais posts. Aonde andas?
Um abraço.
Hélio de Rezende Almeida, Brasília, DF
Postar um comentário