"cuando todos escriben la palabra sabida
quisiera no saber la mía
escribir como quien habla por señas”
(Mario Benedetti, Preguntas al azar)
quarta-feira, agosto 23, 2006
Justificativas
(foto: Hugo Amadeo)
Há que voltar-se aos dias.
(Outros mergulhos
justificarão
a profundeza dos dentros).
Não há dor que linimento azul de horizonte e oceano não atenue.
Quando o desejo
morre
na boca
peles e ossos
conversam.
28 comentários:
Anônimo
disse...
Obrigada, obrigada e obrigada por este belíssimo e certeiro poema. queria tê-lo escrito. é exatamente a tradução do que está em mim nestes dias. beijos.
há momentos em que a gente entende tudo da maneira que reverbera por dentro... hoje, lendo este teu texto, lembrei de Virgínia Wolf e do rio Ouse... um beijo
agora, sim, plenamente justificáveis os sussurros em mim. só não sabia que vinham das peles e dos ossos. desculpe não abracá-la na despedida: meus ossos estão ocupados.
este teu último verso me disse tanto, cecília, que acabou por alojar-se em mim. tentei dialogar com ele. está lá, no caraminholas. uma espécie de brincadeira perigosa de cutucar a esfinge. 1 beijo
Cecília: Cheguei até aqui pelo blog do Pardim, e me emocionei, infinitamente, com o texto "poque é feito de libertações, o amor". Tenho três "passarinhos", e entendi, celularmente, cada palavra sua: o porquê do verde-água, só mãe para compreender... as festas-brigadeiras... a confiança-desconfiada, enfim, só mãe para sabersentir. Sem mais palavras, muitos beijos
Amiga, cara amiga, sim concordo com suas palavras lá no Prosavulsa, mas a aflição dos dias idos, às vezes, lança-se sobre mim de maneira gigante, aí eu fico pequeno. Um espelo, na verdade, reflete imagens várias, quase sempre em confusão intensa e sem limite, mas volto sempre lá, procurando onde o pó se acumula, porém sem deixar o oceano de caos me inundar. Acredite.
Vamos tentar nos comunicar por msn? Se você usar esta tecnologia, claro. Se usa me adicione: jusoperandis@hotmail.com
28 comentários:
Obrigada, obrigada e obrigada por este belíssimo e certeiro poema. queria tê-lo escrito. é exatamente a tradução do que está em mim nestes dias. beijos.
há momentos em que a gente entende tudo da maneira que reverbera por dentro... hoje, lendo este teu texto, lembrei de Virgínia Wolf e do rio Ouse...
um beijo
à pele da sua palavra!...beijo
E quando o desejo abunda é só imensidão. Palavras exatas, poetamiga, convergem em mim o infinito.
Sempre gigante em suas conclusões. Assim sempre assim.
Beijos e mimos.
Oi!
Gostei.
Beijos do *CC*
deixo um beijo paramregistrar minha visita!
:*
muito bonito este poema
agora, sim, plenamente justificáveis os sussurros em mim. só não sabia que vinham das peles e dos ossos. desculpe não abracá-la na despedida: meus ossos estão ocupados.
Inspirado e belo. Economia total de palavras: isto é isto e ponto!
Estou na fase dos mergulhos, minha Lia... minha alma se habituou às profundezas. Beijo enorme.
Sem palavras... amo isso aqui!
Beijão, querida, disse tudo!
este teu último verso me disse tanto, cecília, que acabou por alojar-se em mim. tentei dialogar com ele. está lá, no caraminholas. uma espécie de brincadeira perigosa de cutucar a esfinge. 1 beijo
Cecília:
Cheguei até aqui pelo blog do Pardim, e me emocionei, infinitamente, com o texto "poque é feito de libertações, o amor". Tenho três "passarinhos", e entendi, celularmente, cada palavra sua: o porquê do verde-água, só mãe para compreender... as festas-brigadeiras... a confiança-desconfiada, enfim, só mãe para sabersentir.
Sem mais palavras,
muitos beijos
...
quando o desejo morre, ficam as memórias no ser: clamando.
Cecília, querida:
Obrigada pela visita! Que bom que encontrou afinidades, mas, como dizia Jung, não foi por acaso! É a tal sincronicidade!
Beijos...
Eu estava lá no Marcos Pardim e vim aqui conferir seu poema. Surpreendentes imagens, que fazem pensar. Parabens e abraço das Minas Gerais.
Oi,
Esse poema não ficou muito claro para mim, mas imagens dos versos são intrigantes.
bjs,
Oi,
Esse poema não ficou muito claro para mim, mas imagens dos versos são intrigantes.
bjs,
Amiga, cara amiga, sim concordo com suas palavras lá no Prosavulsa, mas a aflição dos dias idos, às vezes, lança-se sobre mim de maneira gigante, aí eu fico pequeno. Um espelo, na verdade, reflete imagens várias, quase sempre em confusão intensa e sem limite, mas volto sempre lá, procurando onde o pó se acumula, porém sem deixar o oceano de caos me inundar. Acredite.
Vamos tentar nos comunicar por msn? Se você usar esta tecnologia, claro. Se usa me adicione: jusoperandis@hotmail.com
Beijos e mimos intensos.
Eita! Gostei muito!
Abraços!
Se não tem novo, vou ler um velho que também é novo, para mim.
Se não tem novo, vou ler um velho que também é novo, para mim.
posso usar um trecho deste poema numa imagem??? hum?
beijo
Lia, para quando um novo post?
Poutz, iso aqui ficou muito bom
"Quando o desejo
morre
na boca
peles e ossos
conversam.
"
Meus ossos neste momento estão tagarelasss!
.
Beijo.
Poutz, iso aqui ficou muito bom
"Quando o desejo
morre
na boca
peles e ossos
conversam.
"
Meus ossos neste momento estão tagarelasss!
.
Beijo.
Cecília,
poeta que resseca o que ressuma. Gostei muito do final. No início, pisei em pregos.
Beijo.
Cecília,
poeta que resseca o que ressuma. Gostei muito do final, um achado, eu nele me achando.
Parabéns, obrigado.
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