Plano, o assoalho da nau
não rompe as vagas,
senão que, antes, as alisa.
(os deuses não devem ser acordados)
O catamarã avança, avisa
ter chegado ao fim, o verão.
Um pouco mais bruto,
um vento de fim de estação
leva meu chapéu.
(é tão estranho, perco um destes, a cada ano)
Agora, no mar flutua,
embarcação emborcada, palhas
e conchas a afastar-se.
Se Netuno o queria
- tributo aos caminhos atravessados -
por quê, então, não teve
a ousadia de pedi-lo?
terça-feira, dezembro 06, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
deuses não pedem nada.
mas isso me parece obra de zéfiro. netuno tomaria o barco!
Postar um comentário