Não há certezas, meu amigo,
(texto e imagem: Cecilia Cassal)
apenas possibilidades,
e nem todos os teus saberes
servirão um dia para a cura
Senta-te ao meu lado, quieto,
e fecha os olhos à tarde que cai.
Neste lugar a vida inteira não é mais
que um bocado de tempo juntos.
Não há mistérios, meu querido,
e nem todos os teus saberes
servirão um dia para a cura
Senta-te ao meu lado, quieto,
e fecha os olhos à tarde que cai.
Neste lugar a vida inteira não é mais
que um bocado de tempo juntos.
Não há mistérios, meu querido,
não os há, quiçá segredos,
nem pertencem à tua boca
todas as minhas verdades.
Entrega-te à penumbra,
mansamente, depois te ausenta.
É mesmo tão parca a clareza.
A noite virá longa demais.
Cerra teus olhos e deixa.
todas as minhas verdades.
Entrega-te à penumbra,
mansamente, depois te ausenta.
É mesmo tão parca a clareza.
A noite virá longa demais.
Cerra teus olhos e deixa.
Paulo Renato morreu. Ontem, domingo, no dia seguinte à homenagem que lhe prestamos. Teve a delicadeza - sua companheira eterna - de recebê-la, antes de partir. Vai em paz, Paulo, vai em paz. Vê se alegra, com tuas piadas, os anjos arteiros do céu.
(texto e imagem: Cecilia Cassal)
10 comentários:
Bela homenagem.
A SEIVA
jurava ter deixado um comentário aqui... como não sei por quais caminhos ele se perdeu, dizia eu eu como são doloridas essas nossas perdas.. perdemos, perdemos, e nunca aprendemos a doer... bj
E ele foi para o nada. Muito bem, a vida segue, e a canseira infinita.
Minha Lia,
Recebe meu abraço mais caloroso com o qual partilho desse momento.
Como teu amigo já disse no poema que nos presenteastes: a cidade dissolvida e dissoluta o invadiu.
Beijo de alma para alma.
Já dizia Guimarães Rosa que 'as pessoas não morrem,ficam encantadas'.
Foi assim que aconteceu, tenho certeza!
Beijos!
Sinto muito pelo seu amigo,
mas a força do teu poema está muito além da homenagem, e isso é a maior homenagem que ele poderia receber.
Olha, não fui abduzido não, apenas estou soltando uns fantasmas literários, coisas hilstianas, aproveitando (freudianamente) que minha mãe nao lê o blog :))
beijos
Rubens
sensível, Cecilia, sensível e comovente. beijo.
O deixar-se ir...
Ma-ra-vi-lho-so!
oi queri,
não conhecia ele, mas certo que deva estar passeando pelos campos etéreos e e eternamente poéticos...
faço um convite :espia lá no blog, minha pequena homenagem ou reza pra vc ( tb pra vc!)...
bom finde,
bjo carinhoso!
Uma foto bonita e um belo texto
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