
Há o tempo que consome, perverte, traz o esquecimento, ignora. Prefiro o que aprimora. Um tempo que esmaece o fato, atenua a emoção, aplaina os quereres. Prefiro o que os reinventa, motes para uma vida inteira.
Nas décimas-quartas semanas, todos os anos, certezas forjadas a ferro e fogo esculpem uma nova pele no rosto de uma bailarina. Quando chega este tempo benfazejo, escorre nela uma luz quase azul de tão branca. Como todas as coisas feitas para durar, não há ferrugem, zinabre, oxidação que a deteriore. Como a memória dos tempos que aprimoram os quereres e reinventam a emoção.
12 comentários:
que esse tempo continue o exacto diapasão... a tua escrita está cada vez mais depurada e isso deixa-me feliz
de uma bailarina. de uma médica. de uma escritora. de um aprendiz. e de quem mais se aperceba do breve rascunho da fé e da esperança. cecília, que bom foi ter encontrado tuas palavras! afetuoso abraço.
Emoções reinventadas nos levam para caminhos de novas descobertas.
Com carinho, Re
Minha cara, fico feliz pelas suas palavras. O tempo corre nas arterias e irriga todos os poros. Saiba, já está entre os meus favoritos.
hábeijos
claudio
Sim, reinventar o tempo que nos devora, nos apaga. A emoçao é nossa unica arma/chaga.
abraço,
vinicius
sabedoria é saber que há o tempo de a luz brilhar e há o tempo de a ferrugem exercer o seu ofício... nem sempre o tempo é bom pra nós.
um abraço!
ps: foto linda!
Há um belo traço de esperança e sabedoria em suas palvras. Gostei do texto. Cheguei até aqui através Do Rua de Mão Única.
Beijos (de pertinho; São Léo)
Minha Lia, no final é tudo o mesmo tempo... o mesmo tempo tecido pelas mãos das moiras...uma fia, uma mede, outra corta. Nenhum trabalho é melhor ou pior, todos são necessários para que o tempo se cumpra. A diferença está no olhar e na mão que espera. Teu olhar e tua mão fazem toda a diferença.
Beijos na alma,
CeciLia, excelente e fico pensando na memória, a que me acompanha a cada palavra e o teu texto vai na veia. Gosto de estar aqui. beijo.
beleza de texto e foto.
bom vir aqui.
sempre há alimento.
rubens
O que é de bom no tempo é seu carater incontrolável.
MInha linda, estava com saudades dos teus escritos.
Bjs
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