se coloquem sobre o passado:
elas não esmigalham a memória.
Quando era criança
o pai enterrou bem fundo
a morte do meu primeiro cão.
Coloquei sobre o monturo
de terra uma pedra
branca e uma flor.
- Chora, minha filha, chora.
Só as lesmas se derretem
com o sal.
14 comentários:
bonito poema... (por vezes era bom que também a memória derretesse com o sal)
Pois é, Vítor, pois é.
Melhor mesmo é que - lesma e memória vivendo sob as pedras -, uma delas sobrevive...
aos sais.
Abraços,
Lia
Vai um terceto de improviso, minha Lia:
Das indissolubilidades
Memórias,
cristais de pedra
e o sais.
Os sais das pedras
na água da fonte dos olhos
outros ais...
(Lu, querida, obrigada pelo teu terceto de cristais).
olhe....
gostei mesmo
fique bem
a proposito: tem um olho muito bonito
Cesar,
obrigada. :-)
Cecília,
as memórias da infância são
as que mais fixam, ao menos
para mim...
abração
a infância sob o sol, escrevendo cores no peito do espantalho, já não de todo vazio [um sonho percorrendo a medula, um sonho nos fazendo brincar, um sonho despertando aquilo tudo que ficou, mesmo que por demais perto do fim]
muito bom descobrir o seu blog!
admirava teus poemas nos ônibus. descobri o blog agora e foi uma felicidade tamanha.
Muito bom.
Beijos do CC.
vc já conhecia o que escrevo?que surpresa. mais uma vez, gosto muito do que leio aqui. muito bom!
oi Cecilia,
boa poesia a sua. Coisas essas que parecem simples, e sao simples mesmo, mas fazem parte de nossa vida.
Um grande abraço. Prazer em conhece-la.
Oi Cecilia!
Grato pela visita lá no BALAIO DE LETRAS.
Estás linkada, ok?
Beijos do CC.
Gosto muito de trabalhar com a memória, é um tema recorrente. teu poema me disse algo que eu não sabia, de forma muito intensa, obrigado por me ensinar isso, e obrigado pelo link, será pago na mesma moeda :))
abraços
Rubens
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