Tenho medo de sombras e escuros. Tenho medo de viagens astrais e sobretudos dependurados atrás das portas. Ao deitar, escondo as chinelas, para que minha alma - sem penas - não resolva vagar na noite, deixando-me a falar, insana e sozinha. Ou, o que é pior, conversando com os que já saíram antes.
Ainda ontem sonhei com escuros animais. Acordei e uma cobra verde habitava o meu quintal. Que se escondam todas as cobras. Haverá frestas de tijolos para todas. Mas não me invadam os sonhos, que a noite ainda nem começou.
E tenho medo das noites assim, só pressentidas.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
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3 comentários:
E são tantas as noites assim pressentidas, não é, minha Lia?
Vou cantar uma cantiga de nina para espantar o bicho-papão.
Lu e Sorella, amadas !!
Que coisa mais legal, vocês por aqui! Sentem-se, por favor, nesta poltrona cor-de-rosa que mãe colocou para as amigas quando chegam no quarto. Cantem, mas cantem muito lindo. Quero bichos-papões embevecidos da beleza de suas cantigas. Quem sabe, assim, adormeçam eles, e vão esconder-se de vez no escuro de baixo da cama, hein?
Beijos, queridonas
Lia
sinto dizer, sweet cecilia,
mas tua alma tagarela constantemente com outras almas que se perdem/encontram nestas páginas. e o que é pior: não sabem ir embora!
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